sábado, 12 de abril de 2008

RIO DE JANEIRO

Sobre a baia de Guanabara, que conheceu em 1824, escreveu:

A baía e seus arredores não ficam em plano inferior a Constantinopla, Nápoles e Lisboa. A cidade não lhes é superior, embora mais vasta, pois não se vêem nela palácios nem grandes edifícios; mas desde vinte anos que a conheço ela tem-se embelezado, e edificam-se todos os anos tantas casas que, no dizer de um francês esclarecido, o Sr. Charles Taunay, ela não tardará em sobrepujar a população dessas grandes cidades.
(traduzido por Estevam Leão Bourroul).

A respeito de sua volta ao Rio de Janeiro em 1829, ao término da Expedição Langsdorff, escreveu:

As belezas pitorescas esparsas no deserto tinham-me ensinado a sentir as belezas inúmeras do Rio de Janeiro, belezas que excedem Nápoles, Constantinopla e Lisboa e que são, além do mais, coroadas de uma vegetação espontânea que não tem essas cidades célebres, que só acharia sua igual em Panamá ou nas margens do Nilo e que pertence às primeiras idades do mundo. Rio de Janeiro foi feito para formar os pintores e os poetas. Por um comércio secreto entre a natureza e o gênio, os seus quadros fazem nascer a inspiração que se expande em uma atmosfera que, por sua vez, a acalenta sem cessar.
(traduzido por Estevam Leão Bourroul)

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