Depois de nos demorarmos mês e meio em Guimarães continuamos nossa digressão até ao Quilombo, rica lavra de diamantes, sita a 12 léguas N.E. daí.
... atravessamos a vau o rio Quilombo que corre para E. É no seu leito que se encontrou, há oito anos, o primeiro diamante dessa lavra, desconhecida até então e só habitada por agricultores. Uma escrava do proprietário Domingos José de Azevedo, estando a lavar roupa, achou um diamante do valor de 6.000 francos, que ela foi levar ao seu senhor. Apesar do presente valer quatro vezes o preço da escrava, o ávido proprietário não lhe deu a liberdade. Tendo-se logo espalhado a notícia, o Quilombo viu chegar grande número de garimpeiros, que se puseram a escavar e revolver suas margens.
Trecho de Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas de 1825 a 1829 de autoria de Hércules Florence, em tradução do Visconde de Taunay.
domingo, 20 de março de 2011
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